sábado, 24 de junho de 2017

"O teu Pai vê o que está oculto" (Mateus 6,1-6)

"Não se trata de conceber a oração interior, livre das formas tradicionais, como uma piedade simplesmente subjetiva, e de a opor à liturgia, que seria a oração objetiva da Igreja; através de toda a verdadeira oração, alguma coisa se passa na Igreja e é a própria Igreja quem reza; pois é o Espírito Santo que vive nela que, em cada alma, «intercede por nós com gemidos inefáveis» (Rom 8,26). 

E essa é a verdadeira oração, porque  «ninguém pode dizer "Jesus é o Senhor" senão por influência do Espírito Santo» (1Cor 12,3). O que seria a oração da Igreja se não fosse a oferenda daqueles que, ardendo em amor, se entregam ao Deus que é amor? 
 
O dom de si a Deus, por amor e sem limites, e o dom divino que se recebe em troca, a união plena e constante, é a mais alta elevação do coração que nos é acessível, o mais alto grau da oração. As almas que o atingiram são, na verdade, o coração da Igreja; nelas vive o amor de Jesus, sumo-sacerdote. Escondidas com Cristo em Deus (Col 3,3), não podem deixar de fazer irradiar para outros corações o amor divino de que estão cheias, concorrendo assim para o cumprimento da unidade perfeita de todos em Deus, como era e continua a ser o grande desejo de Jesus." 

Autora:
Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) (1891-1942), carmelita, mártir, co-padroeira da Europa
 
Fonte:
 A oração da Igreja
http://evangelhoquotidiano.org/

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