segunda-feira, 16 de julho de 2018

16 de Julho - Nossa Senhora do Carmo

Na Solenidade de Nossa Senhora do Carmo, os Carmelitas contemplam aquela que é o ideal de vida carmelita: a Virgem Maria, a quem invocamos com o doce título de Senhora do Carmo, recordando o Monte Carmelo.



Quando, em 1191, Ricardo I reconquista a Terra Santa, um sem número de cristãos, esquecendo a Europa ,fixam-se na Terra Santa, sobretudo em locais de tradição bíblica. O Monte Carmelo com o seu silêncio, as suas águas vivas, o encanto da vegetação, a vista deliciosa sobre o mar, a solidão que apelava para Deus atraíram muitos desses homens para a beleza deste Monte. 

Recordavam-se daquela frase do profeta Jeremias que dizia: «Levar-vos-ei ao Carmo onde saboreareis os seus deliciosos frutos». Recordavam-se do profeta Elias e da nuvenzinha pequenina e frágil que ele vira subir do mar, como símbolo de Maria. E resolveram construir uma capela em honra de Nossa Senhora que passou a ser conhecida, desde o início, como a Senhora do Carmo. 

Carmo quer dizer «jardim de Deus», «vinha de Deus». Os carmelitas eram as flores do jardim cuidado e protegido por Maria, eram vinha preciosa que Maria diligente trabalhava para dar frutos apetecíveis. 
No ano de 1251, já na Europa, a família do Carmo, é alvo de perseguições de várias proveniências, de dentro e fora da Igreja. S. Simão Stock, VI Geral da Ordem, reza com todos os carmelitas a Maria para que ela lhes acuda. 

No dia 16 de Julho, enquanto o Geral reza a oração do Flos Carmeli, vê a Virgem que o anima e lhe promete ajuda, enquanto lhe entrega o Escapulário do Carmo, convidando todos a usá-lo para terem a sua protecção. A partir desta data a devoção à Mãe e Irmã dos carmelitas aumentou dentro e fora da Ordem. 
Em Lourdes, Bernardete viu Nossa Senhora várias vezes; a última aparição foi no dia de Nossa Senhora do Carmo, 16 de Julho de 1858. Bernardete declara ter visto nesse dia a Virgem «tão bela e gloriosa como nunca». 

Em Fátima, a última aparição, no dia 13 de Outubro de 1917, foi de Nossa Senhora do Carmo. A Ir. Lúcia diz que «por fim lhes apareceu Nossa Senhora do Carmo a abençoar o mundo» e imediatamente se deu o início do milagre do sol. 

Muitos santos, depois da aparição de Nossa Senhora do Carmo se quiseram revestir do escapulário ou da medalha para melhor manifestarem o seu amor a Maria e assim serem por Ela protegidos: S. Cláudio de la Colombière, Santo Afonso Maria de Ligório, Santo António Maria Claret, o Santo Cura d’Ars, Santa Bernardete, S. João Bosco, S. Domingos Sávio, S. Gabriel das Dores e um inumerável número de santos. Para já não falar de todos os santos e santas carmelitas, sobretudo Santa Teresa de Jesus e S. João da Cruz que sentiam a maior glória em usar o hábito carmelita da Ordem de Nossa Senhora do Carmo. 

Também os Papas manifestaram o seu amor ao Escapulário do Carmo. João XXII, no séc. XIV promoveu esta devoção. Nos nossos dias, Leão XIII, Pio XII, João XXIII, Paulo VI e João Paulo II têm manifestado entusiasticamente o seu amor pelo Escapulário e pela devoção a Nossa Senhora do Carmo. 
Também os nossos reis, sobretudo os da IV Dinastia, de quem há documentação, usaram o Escapulário e amavam Nossa Senhora do Carmo, a quem tinham muita devoção. 



PROPOSTA DE VIGÍLIA DE NOSSA SENHORA DO CARMO 
Cântico: (Os cânticos sugeridos foram pensados para uma assembleia juvenil. São apenas indicativos e podem facilmente ser substituídos) 

AVÉ MARIA, GRATIA PLENA 
DOMINUS TECUM 
BENEDICTA TU! 

Neste dia te oferecemos
Temos confiança 
Nosso amor e alegria.
no que o Teu amor deixou 
Toma, Senhora, a nossa vida,
Olha por nós, Mãe de Jesus, 
Avé Maria!
Contigo agora estou. 

Introdução: 

MARIA, MÃE DO CARMELO 

Estamos a celebrar a festa de Nossa Senhora do Carmo. A devoção mariana do Carmelo não consiste em alguns exercícios de piedade particulares, mas sim num modo de viver, numa forma de ser, numa vivência espiritual, que tem influência em todas as nossas acções. 
O Carmelo considera a Virgem Maria como a sua flor e supremo esplendor. É impossível falar de devoção mariana no Carmelo, sem mencionar o Escápulario. Este é o símbolo de toda a riqueza da devoção a Maria Santíssima. 
Este símbolo das cores da Padroeira do Carmelo, é também símbolo da união com Maria, da consagração a Maria. Maria convida – nos hoje a saber meditar no nosso interior o Mistério de Deus e saber dizer um “SIM” como Ela. 
Maria vem cada um com sede no coração. Temos muitas coisas, mas nada nos enche totalmente. 
Tu, que sempre foste luz para aqueles que procuram a Deus, conduz os nossos passos na sua direcção. 

Presidente: 

Sejamos pois filhos de Maria e que todos os nossos actos tenham um objectivo, além da glorificação de Deus, a glorificação da Virgem Maria. Procuremos imitá-la o mais possível, ela que é a Virgem sem pecado e imploremos o seu auxílio e ofereçamos tudo a Deus por intermédio de Maria. 
Comecemos por invocar a ajuda do Espírito Santo para que venha sobre nós tal como fez sobre Maria. 

ORAÇÃO AO ESPíRITO SANTO 
(As frases ou palavras em maiúsculas são declamadas por todos.) 

QUEM ÉS TU que me falas sem palavras? 
QUEM ÉS TU que me guias sem freio? 
QUEM ÉS TU Espírito que me habitas? 
NÃO TE OUÇO com os meus ouvidos, 
NÃO TE VEJO com os meus olhos, 
mas se me abro à tua essência, Tu me recrias plenamente. 
VEM, abrigo protector! 
VEM, amigo constante! 
VEM, silêncio fecundo! 
VEM, força dos meus dias, 
guia dos meus passos, construtor do meu ser! 
VEM, e abre a minha casa à tua presença infinita! 

Cântico: 

Inunda o meu ser. 
Inunda o meu ser. 
Espírito, inunda o meu ser. 
Em ondas de amor, 
Oh, vem sobre mim! 
Espírito inunda o meu ser. 

Monição: 

Quando deixamos a Maria um espaço no nosso coração, ela aproveita para comunicar o muito que nos ama. Ela fá-lo a sua maneira, dialogando connosco, como o fez no dia em que se apresentou o Anjo do Senhor para anunciar-lhe de que o Filho de Deus ia encarnar no seu ventre e no seu coração. 
Maria convida-nos a escutar-nos a Palavra de Deus e a abrir o nosso coração. 

DO EVANGELHO SEGUNDO SÃO LUCAS (Lc 1, 26-38) 

“Ao sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem chamado José, da casa de David; e o nome da virgem era Maria. 
Ao entrar em casa dela, o anjo disse-lhe: «Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo.» Ao ouvir estas palavras, ela perturbou-se e inquiria de si própria o que significava tal saudação. 
Disse-lhe o anjo: «Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus. Hás-de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Será grande e vai chamar-se Filho do Altíssimo. O Senhor Deus vai dar-lhe o trono de seu pai David, reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim.» Maria disse ao anjo: «Como será isso, se eu não conheço homem?» O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer é Santo e será chamado Filho de Deus. 
Também a tua parente Isabel concebeu um filho na sua velhice e já está no sexto mês, ela, a quem chamavam estéril, porque nada é impossível a Deus. 
Maria disse, então: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.» E o anjo retirou-se de junto dela.” (Lc 1, 26-38) 

SILÊNCIO 

PRIMEIRA AVE MARIA: 
COMO SERÁ ISSO SE EU NÃO CONHEÇO HOMEM? 

Quando chegou a plenitude dos tempos, querendo Deus enviar ao mundo o seu Filho feito homem, enviou primeiro Gabriel, como seu mensageiro, a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma virgem chamada Maria, que estava noiva de José. Maria ficou perplexa com o convite de Deus para ser mãe do seu Filho. E a Virgem com toda a humildade, mas também com todo o à-vontade pergunta ao Anjo: 
-Como será isso se eu não conheço homem? 
Ó Virgem eleita de Deus, escolhida desde toda a eternidade! Vós não vos estranhastes por ver um anjo, mas Vos sobressaltastes por serdes escolhidas para Mãe do Filho do Altíssimo. Acompanhai-nos nos caminhos da fé, e quando as dúvidas da incerteza e as noites escuras nos assaltarem recordai-nos que é na oração e no diálogo com Deus e com os irmãos que todas as dúvidas se esfumam. 

Cântico: 

Nossa Senhora do Sim 
maravilha Virgem Mãe 
Cuida Maria de mim 
e que eu diga sim também 

Chamou o Anjo de Deus 
Maria não tenhas medo 
Serás Mãe do Filho Eterno 
eis revelado o Segredo 

SEGUNDA AVE MARIA: 
FAÇA-SE EM MIM SEGUNDO A VOSSA PALAVRA! 

O Anjo respondeu à Virgem que o Espírito Santo viria sobre Ela e que a força do Altíssimo estenderia sobre si a Sua sombra. Por essa razão, o filho que dela haveria de nascer seria chamado Filho de Deus. Diante do esclarecimento prestado pelo Anjo a Virgem respondeu com a sua entrega incondicional ao plano divino que, desde sempre, a tinha escolhido para esta missão: 
- Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra, foram as palavras da Virgem. E o maior mistério da história da humanidade teve lugar no seu seio. 
Ó Virgem digna de todo o louvor! Por esta vossa palavra se consuma em Vós o mais feliz momento da história humana. No vosso seio virgem o céu abraça a terra, e a terra abre-se à grandeza de Deus. Eis a feliz notícia: o Filho do Altíssimo faz-se carne da nossa carne! Ajudai-nos a tomar sempre consciência de que Deus também vive em nós, comungando as nossas alegrias e dores, os nossos anseios e esperanças. Que convosco e como Vós saibamos adorar este santo mistério. 

Cântico: 

Nossa Senhora do Sim 
maravilha Virgem Mãe 
Cuida Maria de mim 
e que eu diga sim também 

Com ela a Igreja toda 
responde que sim a Deus 
E com Maria proclame 
nova terra e novos céus 

TERCEIRA AVE MARIA: MAGNIFICAT 

Na Anunciação Maria ficou também a saber que a sua velha prima Isabel se encontrava grávida por graça de Deus. Depois da Incarnação, Maria dirigiu-se apressadamente para casa da sua prima, que ficava numa cidade das montanhas de Judá. Quando as primas se saudaram, Isabel declarou-a bendita entre as mulheres e bendito o fruto do seu ventre. Contrastando com o seu habitual silêncio Maria prorrompeu num maravilhoso cântico de acção de graças. 
Cantemos com Maria: 

Magnificat, Magnificat, Magnificat 
Anima mea dominum. 
Magnificat, Magnificat, Magnificat 
Anima mea. 

A minha alma glorifica ao Senhor 
e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque pôs os olhos na humildade da sua serva: 
de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. 
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: Santo é o seu nome. 
A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. 
Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. 
Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. 
Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. 
Acolheu a Israel, seu servo, lembrado da sua misericórdia, como tinha prometido a nossos pais, 
a Abraão e à sua descendência para sempre. 

QUARTA AVE MARIA: 
FILHO, PORQUE PROCEDESTE ASSIM CONNOSCO? 

Quando o Menino Jesus fez os doze anos seus pais levaram-n 'O a Jerusalém, pela festa da Páscoa. Terminada a festa, no regresso, o Menino, sem eles saberem, ficou em Jerusalém. Quando disso se aperceberam regressaram apressadamente à Cidade Santa. E passados três dias de sofrimento encontraram o Menino Jesus no Templo, entre os doutores da Lei, ora perguntando ora respondendo. A Mãe quando viu Jesus sentado entre os sábios e estranhando vê-lo assim, perguntou aflita: 
-Filho, porque nos fizeste isto? 
Olha que teu pai e eu andávamos aflitos à tua procura. 
Ó Virgem Mãe das Dores! Quantos sofrimentos Vos causou a fidelidade à Palavra de Deus? Sofreste por causa da desconfiança de José; com os incómodos da viagem para Belém; com a ausência de lugar na hospedaria quando se aproximava o nascimento do Redentor; com a profecia do Santo Velho Simeão anunciando-vos uma espada de dor que vos atravessaria a alma; com a fuga nocturna para o Egipto; com a matança dos Santos Inocentes; com a perda do vosso Menino em Jerusalém; com a vida pública de vosso Filho; e, sobretudo, com a Sua dolorosa Paixão com que nos salvou. Ó Mãe da esperança, volvei a nós os vossos olhos misericordiosos quando por Vós suspiramos neste vale de lágrimas. 

Cântico: Salvé Rainha, 
Salvé Rainha, 
rogai por nós 
Ó Maria! 

QUINTA AVÉ MARIA: NÃO TÊM VINHO! 

No terceiro dia da vida pública de Jesus houve um casamento em Caná da Galileia. Maria estava presente, Jesus e os seus discípulos também foram convidados para a boda. A meio da boda faltou o vinho. Maria como mãe atenta apercebeu-se do embaraço e consequente vergonha dos noivos. Procurando remediar a situação aproximou-se de Jesus e disse-Lhe: 
-Não têm vinho! 
Ó Rainha da Paz, contemplai o nosso mundo onde falta o vinho de Deus, vinho de amor e de alegria, vinho de paz e de justiça, vinho de compreensão e de entendimento, vinho de pão e de verdade para todos! Vosso Filho incarnou em Vós e veio a este mundo trazer-nos o vinho do céu, para transformar a nossa terra numa vinha nova. Ajudai-nos, ó Maria, a construirmos com Jesus e convosco os novos céus e a nova terra que a Santíssima Trindade quer instaurar no mundo. 

Cântico: Maria de Nazaré 

Maria de Nazaré, Maria me cativou; 
Fez mais forte a minha fé 
E por filho me adoptou. 

Maria que fez o Cristo falar, 
Maria que fez Jesus caminhar, 
Maria que só viveu p´ra seu Deus, 
Maria do povo meu. 

Avé Maria, Avé Maria, Avé Maria, Avé Maria 

SEXTA AVÉ MARIA: FAZEI O QUE ELE VOS DISSER. 

Jesus ouviu a intercessão da Mãe e respondeu que nem Ela nem Ele tinham a ver com a falta de vinho na boda. Depois destas palavras que parecem desinteresse pelas preocupações humanas, Jesus justificou-se à Mãe dizendo que ainda não era chegada a Sua hora. Maria percebeu tudo. Não mais se preocupou nem se alterou. Tudo estava nas mãos de Jesus. Porém, porque bem conhecia o seu Filho, aproximou-se dos serventes e disse-lhes com simplicidade e confiança: 
-Fazei o que Ele vos disser! 
Ó perfeita díscipula de Jesus! Ó intercessora da humanidade! A vossa glória não é ser Mãe de Deus, mas discípula cumpridora da Palavra. Ensinai-nos também hoje o mesmo conselho que destes aos serventes de Caná, e ajudai-nos a oferecer a água da disponibilidade para com Cristo servirmos o vinho da alegria ao nosso mundo. 

Cântico: Quero ser como tu 

Quero ser como tu, como tu Maria 
Como tu, um dia, como tu Maria 

Quero aprender a amar, como tu Maria 
Como tu, um dia, como tu Maria 

SÉTIMA AVE MARIA: 
O SILÊNCIO, AS PALAVRAS QUE MARIA NÃO DISSE 

Segundo os Evangelhos, Maria, como vimos, falou palavras de dúvida humana, de aceitação da sua missão, de louvor a Deus, de incompreensão pela atitude do Menino, de intercessão e de conselho. Deve ter falado, outras vezes, palavras que os Evangelhos não guardaram. Porém, nos momentos cruciais da nossa salvação Maria é apresentada em atitude silenciosa. 
S. Lucas refere-nos duas vezes o silêncio de Maria: logo a seguir ao Nascimento Maria meditava silenciosamente em seu coração, sobre quanto diziam os pastores acerca do Menino; e depois do encontro no Templo, quando se diz que Ela guardava e meditava tudo em seu coração. Esta, supõe-se, foi a vivência de Maria durante toda a sua vida. Assim mesmo a encontramos junto à cruz de Jesus, silenciosamente co-redentora. 
Ó Virgem fiel em cuja vida silenciosamente ressoava a Palavra de Deus! Eis a vossa vida: oração e silêncio. Assim Vos contempla e imita a Ordem do Carmo. Nós Vos contemplamos orante e silenciosa diante do mistério da cruz. Nós Vos contemplamos orante e silenciosa diante do sepulcro do vosso Filho. Nós Vos contemplamos radiosa e jubilosa na Ressurreição e na Ascenção de Cristo. Nós Vos contemplamos no Cenáculo com os discípulos de Jesus. Ali, sais oração e sois silêncio. lntercedei por nós para que as nossas palavras, silêncios e orações sejam sempre para maior honra e glória da Santíssima Trindade. 

Cântico: Maria do silêncio 

Maria, o teu silêncio 
não é desinteresse. 
Estás identificada 
com Deus Criador. 
Deus está em ti 
e tu estás em Deus. (BIS) 

MARIA, FAZ-NOS ENTENDER 
QUE, APESAR DO TEU SILÊNCIO, 
TU ESTÁS SEMPRE PRESENTE 
EM CADA UM DE NÓS. 

Maria, dá-nos o teu silêncio, 
dá-nos tua mão, 
pois foste a primeira a entender 
que só é possível 
amar a Deus 
sem o coração disperso. (BIS) 


SALMO 89 (88) 

Hei-de cantar para sempre o amor do Senhor; 
a todas as gerações anunciarei a sua fidelidade. 

Proclamarei que o teu amor é para sempre, 
e que a tua fidelidade é eterna como o céu. 

Fiz uma aliança com o meu eleito, 
jurei a David, meu servo: 

Estabelecerei a tua descendência para sempre 
e o teu trono há-de manter-se eternamente’.» 

Os céus celebram as tuas maravilhas, Senhor, 
e a assembleia dos santos, a tua fidelidade. 

Quem, nos céus, poderá comparar-se ao Senhor? 
Quem, entre os deuses, se lhe poderá igualar? 

Ó Senhor, Deus do universo, quem é como Tu? 
Estás rodeado de firmeza e fidelidade. 

Tu dominas a fúria dos mares 
e amainas as suas ondas embravecidas. 

Esmagaste Raab como um cadáver, 
dispersaste os inimigos com o teu braço poderoso. 

O céu é teu, e tua é a terra; 
formaste o mundo e tudo o que ele contém. 

Tu criaste o Norte e o Sul; 
o Tabor e o Hermon cantam o teu nome. 

O teu braço é poderoso; a tua mão, robusta; 
excelsa é a tua mão direita. 

A rectidão e a justiça são a base do teu trono; 
o amor e a fidelidade caminham à tua frente. 

Feliz da nação que sabe louvar-te, Senhor, 
que sabe caminhar na luz do teu rosto. 

Em teu nome rejubila a toda a hora 
e se gloria com a tua justiça. 

Na verdade, Tu és a nossa honra e a nossa força; 
com o teu favor alcançaremos a vitória. 

O nosso escudo é o Senhor; 
o nosso rei é o Santo de Israel! 

Bendito seja o Senhor para sempre! 
Ámen! Ámen! 


SILÊNCIO 

Monição: 

Desde muito cedo a devoção a virgem Maria passa a ser, como outros aspectos da vida da Santa, uma experiência dos seus mistérios, quando Deus faz entrar Santa Teresa em contacto com o mistério de Cristo de tudo o que a Ele pertence. 

Na experiência mística teresiana do mistério da Virgem há como uma progressiva contemplação e experiência dos momentos mais importantes da vida da Virgem, segundo a narração evangélica. 
Vamos agora escutar o que nos diz a Santa Teresa de Jesus nos Conceitos do Amor de Deus (Cap. 6, 7), sobre a Virgem Maria. 

SANTA TERESA DE JESUS FALA-NOS DE MARIA. 

“Oh segredos de Deus! Aqui não há senão render entendimentos e pensar que para entender as grandezas de Deus, não valem nada. 
Aqui vem a propósito ajoelharmo-nos como fez a Virgem Nossa Senhora com toda a sabedoria que Deus lhe deu, que perguntou ao anjo quando A saudou: “Como se fará isto?” Em dizendo-lhe: “O Espírito Santo sobrevirá em ti, e a virtude do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra”, não tratou de mais disputas. 
Como quem tinha grande fé e sabedoria, entendeu logo que, intervindo estas duas coisas, não havia mais que saber nem que duvidar.” 

(Conceitos do Amor de Deus, Cap. 6,7) 

Pai-Nosso 

Oração Final: 

Deus todo-poderoso, que, segundo o que anunciaste pelo anjo, quisestes que o teu Filho se encarnara no seio da Virgem Maria, escuta as nossas súplicas e faz que sintamos a protecção da Virgem Maria os que a proclamamos com firmeza Mãe de Deus. 

Cântico: 

Flos Carmeli, 
vitis florigera, 
splendor caeli, 
Virgo puerpera 
singularis. 

Mater mitis, 
sed viri nescia, 
Carmelitis, 
esto propitia, 
Stella maris. 



Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós!


Fonte: 
http://www.carmelitas.pt/site/santos/santos_ver.php?cod_santo=22

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