"A
profundidade da sabedoria e da ciência de Deus é imensa, a tal ponto que
a alma, ainda que numa certa medida lhe reconheça as maravilhas, pode
sempre penetrar ainda mais longe.
Perante estas riquezas incalculáveis, São Paulo lançava este grito de admiração:
«Oh,
profundidade dos tesouros da sabedoria e da ciência de Deus! Como são
incompreensíveis os seus juízos e impenetráveis os seus caminhos!» (Rm
11,33).
A alma deseja ardentemente mergulhar cada dia mais nestas divinas profundezas, neste abismo imperscrutável dos juízos e dos caminhos de Deus; conhecê-los é um gozo inestimável que ultrapassa qualquer sentimento...
A alma deseja ardentemente mergulhar cada dia mais nestas divinas profundezas, neste abismo imperscrutável dos juízos e dos caminhos de Deus; conhecê-los é um gozo inestimável que ultrapassa qualquer sentimento...
Oh! se se
compreendesse como é impossível... possuir estes imensos tesouros sem
passar pelo sofrimento! Com que ardor a alma desejaria a graça de sofrer
a cruz! Com que consolação, com que alegria a acolheria para poder
entrar nos segredos dessa sabedoria divina! ...
Porque a
porta que introduz nos tesouros da sabedoria é tanto mais estreita (Mt
7,13) quanto não é outra senão a própria cruz. Um grande número de
almas, é certo, aspira a gozar das delícias que ela nos dá; mas bem
poucas há que desejem passar pela única porta que aí conduz."
Do Livro "Cântico Espiritual", de Nosso Santo Padre, São João da Cruz, Carmelita descalço, Doutor da Igreja.
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