terça-feira, 25 de junho de 2019

Lectio Divina - 25 de junho de 2019 - Tempo Comum


Lectio Divina
Terça-feira, 25 de junho de 2019
Tempo Comum





1) Oração de abertura


Conceda-nos a viver sempre, Senhor, no amor e respeito pelo seu santo nome, porque você nunca deixa de dirigir aqueles que você estabelece no fundamento sólido do seu amor. Para o nosso Senhor.

2) Leitura

Do santo Evangelho segundo Mateus 7,6.12-14:

⇒ "Não lanceis aos cães as coisas san­­tas, não atireis aos porcos as vossas pérolas, para que não as calquem com os seus pés, e, voltando-se contra vós, vos despedacem." 

⇒ "Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles. Esta é a Lei e os profetas." 

⇒ "Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição e numerosos são os que por aí entram. Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho da vida e raros são os que o encontram." 

⇒ "Tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles. Esta é a Lei e os profetas." 

3) Reflexão

👉Discernimento e prudência em oferecer coisas de valor. Em suas relações com os outros, Jesus adverte contra algumas atitudes perigosas. A primeira coisa não é julgar (7,1-5): é uma verdadeira proibição, "não julgue", uma ação que evita todo desprezo ou condenação de outros. O juízo final é a competência exclusiva de Deus; nossos parâmetros e critérios são relativos; eles são condicionados pela nossa subjetividade. 

Toda condenação de outros também se torna condenação de si mesmo, porque nos coloca sob o julgamento de Deus e se exclui do perdão. Se seu olho é limpo, isto é, se está livre de todo julgamento para com o irmão, você pode se relacionar com ele verdadeiramente diante de Deus.

Que as palavras de Jesus que o texto oferece-nos: "Não deis aos cães o que é sagrado, nem atirem suas pérolas aos porcos, pois eles destruirão tudo sob os seus pés, e em seguida, voltando-se, rasgar" ( 7,6). À primeira vista, esse "ditado" de Jesus parece estranho à sensibilidade do leitor moderno. Pode se apresentar como um verdadeiro enigma. Na verdade, é uma maneira de dizer, de uma linguagem semítica que precisa ser interpretada. 

No tempo de Jesus, como na cultura antiga, os cães não eram muito apreciados porque eram considerados meio selvagens e extraviados (U. Luz). Voltemos agora ao aspecto positivo e didático-sapiencial das palavras de Jesus: não profanar as coisas santas é, afinal, um convite para usar a prudência e o discernimento. No AT, as coisas santas são a carne para o sacrifício (Lc 22,14; 29,33ss; Nm 18,8-19). 

Também a proibição de jogar as pérolas aos porcos é incompreensível. Para os hebreus, os porcos são animais impuros, como a quintessência do nojo. Pelo contrário, as pérolas são a coisa mais preciosa que pode haver. O aviso de Jesus refere-se àquele que sacia cães vadios com a carne consagrada destinada ao sacrifício. Tal comportamento é mau e muitas vezes imprudente, porque geralmente os cães não eram alimentados e, movidos por sua fome insaciável, podiam voltar e agredir seus "benfeitores". 

Em um nível metafórico, as pérolas indicariam os ensinamentos dos sábios e as interpretações do "torâh". No Evangelho de Mateus, a pérola é uma imagem do reino de Deus (Mt 13,45ss). A interpretação que o evangelista faz ao colocar esta advertência de Jesus é principalmente teológica. Certamente a interpretação que parecerá mais consistente com o texto é a leitura eclesial das palavras de Jesus: uma advertência aos missionários cristãos para não pregarem o evangelho a ninguém (Gnilka Luz).

👉 O caminho a seguir. No final do discurso (7,13-27) Mateus diz, entre outras coisas, uma exortação final de Jesus, convidando-o a fazer uma escolha decisiva para entrar no reino dos céus: pela porta estreita (7,13-14) . A palavra de Jesus não é apenas algo que deve ser entendido e interpretado, mas acima de tudo deve ser parte da vida. Agora, para entrar no reino dos céus é necessário seguir um caminho e entrar na plenitude da vida através de uma "porta". 

O tema do "caminho" é muito apreciado no AT (Dt 11,26-28; 30,15-20; Jr 21,8; Sal 1,6; Sal 118,29-30; Sal 138,4; Sb 5 , 6-7, etc.). A estrada representada nas duas portas leva a diversos objetivos. Um significado coerente das advertências de Jesus seria que na porta larga o caminho largo que leva à perdição se une, isto é, atravessar uma estrada larga é sempre agradável, mas isso não é dito em nosso texto. 

Ao contrário, parece que Mateus concorda com o conceito judaico de "caminho": seguindo Dt 30,19 e Jr 21,8, há dois caminhos opostos, o da morte e o da vida. Saber escolher entre dois modos diferentes de vida é decisivo para entrar no reino dos céus. Quem escolhe o caminho estreito, o da vida, deve saber que está cheio de aflições; dizendo estreito indica que no sofrimento é o teste da fé.

4) Para reflexão pessoal




👉 Como a palavra de Jesus impactou seu coração? Escuta para viver sob o olhar do Pai 
     e mudar pessoalmente e em seus relacionamentos com os irmãos?

👉 A palavra de Jesus, ou melhor, o próprio Jesus é a porta que ele introduz na vida filial       e fraterna. Você se permite ser guiado e atraído pelo caminho estreito e exigente do         Evangelho? Você ainda está seguindo o caminho amplo e fácil, que consiste em fazer o       que lhe agrada ou o que o leva a satisfazer seus próprios desejos, e isso ignora as               necessidades dos outros?


5) Oração final

Seu amor, oh Deus, nós evocamos
no meio do seu templo;
como sua fama, ó Deus, seu louvor
atinge os confins da terra. (Sl 48, 10-11)

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