SEGUNDA-FEIRA DA SEMANA XXIX DO TEMPO COMUM
Out 20, 2019 | Anos Ímpares
ROMANOS 4, 20-25
Irmãos: Perante a promessa de Deus, Abraão não se deixou abalar pela desconfiança, antes se fortaleceu na fé, dando glória a Deus, plenamente convencido de que Deus era capaz de cumprir o que tinha prometido. Por este motivo é que isto «lhe foi atribuído como justiça». Não é só por causa dele que está escrito «Isto foi-lhe atribuído», mas também por causa de nós, que acreditamos n’Aquele que ressuscitou dos mortos, Jesus, Nosso Senhor, que foi entregue à morte por causa das nossas faltas e ressuscitou para nossa justificação.
Compreender a Palavra
A fé de Abraão fortaleceu-o na esperança inabalável de quem acredita que Deus tem poder para cumprir as suas promessas e as cumpre no seu devido tempo. Do mesmo modo que se atribui a Abrão esta fortaleza da fé também se atribui a cada um de nós, porque, também nós acreditamos que Jesus foi entregue à morte e ressuscitou para nossa justificação. O que Deus realizou em Abraão realiza-o em nós e a sua fé na promessa é a mesma fé que nós colocamos no cumprimento da palavra dita por Deus em Jesus.
Meditar a Palavra
A fé surge, segundo as palavras de Paulo, como uma adesão à palavra pronunciada por Deus em forma de promessa que ele vai cumprir em cada um, a seu tempo. A promessa não depende da fé e a fé não é acreditar que Deus existe. A promessa é feita por Deus antes da fé e a fé é resposta confiante de quem, depois de ouvir a palavra da promessa, deseja entregar com esperança inabalável, a sua vida nas mãos daquele que fala na promessa. A promessa, porque é a palavra daquele em quem se pode confiar, muda irremediavelmente a vida de quem a escuta porque o faz viver da esperança que lança o olhar mais além da circunstância do tempo presente.
Rezar a Palavra
Abro os meus ouvidos à voz da tua promessa e lanço o meu olhar, em esperança, para lá dos muros do quotidiano. Nem sempre consigo ver o céu, mas o meu coração diz-me que não é em vão a minha esperança porque a palavra que escuto não é voz de quimeras mas a tua voz, Senhor, que em Cristo entregas-te à morte a desconfiança e me fizeste renascer na certeza da vida nova da ressurreição.
Compromisso
Ver para lá do que os olhos podem alcançar para fortalecer a esperança com a promessa revelada em Cristo.
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EVANGELHO: LC 12, 13-21
Naquele tempo, alguém, do meio da multidão, disse a Jesus: «Mestre, diz a meu irmão que reparta a herança comigo». Jesus respondeu-lhe: «Amigo, quem Me fez juiz ou árbitro das vossas partilhas?». Depois disse aos presentes: «Vede bem, guardai-vos de toda a avareza: a vida de uma pessoa não depende da abundância dos seus bens». E disse-lhes esta parábola: «O campo dum homem rico tinha produzido excelente colheita. Ele pensou consigo: ‘Que hei-de fazer, pois não tenho onde guardar a minha colheita? Vou fazer assim: Deitarei abaixo os meus celeiros para construir outros maiores, onde guardarei todo o meu trigo e os meus bens. Então poderei dizer a mim mesmo: Minha alma, tens muitos bens em depósito para longos anos. Descansa, come, bebe, regala-te’. Mas Deus respondeu-lhe: ‘Insensato! Esta noite terás de entregar a tua alma. O que preparaste, para quem será?’ Assim acontece a quem acumula para si, em vez de se tornar rico aos olhos de Deus».
Compreender a Palavra
O texto que hoje se oferece à nossa reflexão está constituído por quatro partes: o diálogo entre Jesus e um homem que de entre a multidão o interpela sobre a herança dos pais; chamada de atenção por parte de Jesus para o perigo da avareza; uma parábola para ilustrar a afirmação anterior; conclusão em forma de apelo pedindo uma atitude mais elevada que é a de se tornar rico aos olhos de Deus. O problema entre dois irmãos por causa da herança é o rastilho para Jesus alertar os seus discípulos para o perigo de perder a capacidade de pensar devido à ganância sobre os bens deste mundo. A sua acção não tem como objectivo resolver questões deste gênero, nem é juiz entre irmãos. A parábola é uma boa reflexão sobre o perigo das riquezas. Tudo o que está para além do “pão nosso de cada dia” não nos pertence porque não temos a vida nas mãos. O discípulo de Jesus não deve estar preocupado com as riquezas materiais mas deve cuidar da sua riqueza interior que é o que Deus vê.
Meditar a Palavra
Perante a Palavra de hoje recordo tantas situações em que os homens têm perdido a riqueza mais importante que é a sua paz interior, a sua relação fraterna e familiar com os mais próximos, a alegria dos bens partilhados, a felicidade de ver os outros felizes graças aos gestos solidários. Perde-se tanto em pouco tempo porque o coração se fecha na avareza e se entretém no acumular sem medida. Esta palavra faz-me pensar na importância de valorizar o pão de cada dia, o pão de hoje, o pão de todos, o pão da partilha e da alegria, o pão de Deus e o pão dos pobres. Preciso cultivar, em mim, este sentido cristão do pão que, ao final, é o próprio Cristo, o pão da Vida.
Rezar a Palavra
Dá-nos o pão de cada dia, Senhor. Não deixes que o nosso coração se apegue à riquezas deste mundo ao ponto de preferirmos cortar relações, evitar encontros, perder humanidade. Dá-nos, Senhor, coração para amar acima das riquezas e para encontrar valor nas realidades do céu.
Compromisso
Quero aprender a alegria da partilha concreta dando habitualmente algo a quem tem mais necessidades que eu.
Fonte: ALiturgia
Fonte: ALiturgia
Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares
Comunidade Santa Teresa de Jesus (Curitiba-PR)
Província Nossa Senhora do Carmo
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