TERÇA-FEIRA DA SEMANA XXIII DO TEMPO COMUM
Set 10, 2019 | Anos Ímpares
LEITURA I COL 2, 6-15
Irmãos: Uma vez que
recebestes o Senhor Jesus Cristo, procedei em união com Ele, enraizados e
edificados n’Ele, firmemente seguros na fé que vos foi ensinada, procurando
progredir nela com ações de graças. Acautelai-vos para que ninguém venha
perturbar-vos com filosofias e sofismas enganadores, inspirados na tradição dos
homens ou nos elementos do mundo e não em Cristo. Porque n’Ele habita
corporalmente toda a plenitude da divindade e n’Ele, que é a cabeça de todos os
Principados e Potestades, alcançastes a vossa plenitude. Foi n’Ele que
recebestes uma circuncisão que não é feita por mão humana e que vos despojou do
corpo de carne: tal é a circuncisão de Cristo. Sepultados com Ele no batismo,
também com Ele fostes ressuscitados pela fé que tivestes no poder de Deus, que
O ressuscitou dos mortos. Quando estáveis mortos nos vossos pecados e na
incircuncisão da vossa carne, Deus fez que voltásseis à vida com Cristo e perdoou-nos
todas as nossas faltas. Anulou o documento da nossa dívida, com as suas
disposições contra nós; suprimiu-o, cravando-o na cruz. Ao despojar os
Principados e as Potestades, expô-los publicamente à irrisão, arrastando-os no
cortejo triunfal da cruz.
Compreender a Palavra
Paulo, consciente da
dificuldade de permanecer firmes na fé em Cristo por causa da experiência
anterior à conversão e existência das filosofias e sofismas enganadores, alerta
os cristãos de colossos para o facto de agora estarem enraizados e edificados
em Cristo pelo batismo. O que Cristo realizou em nós em mais profundo que a
circuncisão dos judeus e mais forte que o poder de todas as forças celestes em
que muitos continuam a acreditar. Cristo é a plenitude e inseriu-nos, pelo batismo,
nessa plenitude fazendo-nos passar com ele pela morte e ressurreição. Agora,
reconciliados com Cristo, já não estamos mortos mas vivos porque fomos
perdoados. Todas a forças foram destruídas pelo poder de Cristo.
Meditar a Palavra
Encontramos muitas
forças que nos arrastam para longe de Cristo. Desde as formas de religiosidade
pagã que permanecem ainda entre nós, apesar da evangelização cristã, e se
apresentam como tradição e agora alguns querem fazer ressuscitar até às novas
filosofias que nos pretendem convencer da fragilidade da fé em Cristo.
Encontramos muitas forças que nos pretendem desviar de Cristo. Mas nós, fomos
batizados e o batismo não é um rito superficial pelo qual passámos mas uma
marca indelével que nos enraizou e edificou em Cristo na sua morte e
ressurreição. Estamos marcados para sempre por esta participação que nos
reconcilia com Deus e nos faz viver a plenitude de Cristo que é vitória sobre
todas as propostas que se apresentam diante de nós. A seriedade de Cristo, que
deu a vida pela nossa reconciliação e a sua ação em nós pelo batismo, leva-nos
a considerar como infantil toda e qualquer proposta que não passe por ele.
Rezar a Palavra
Consciente do valor
do batismo com que fui lavado, purificado e enraizado em Cristo, quero, Senhor,
professar a minha fé na certeza de que não há outro no qual posso existir a não
ser em ti. Em nenhum outro encontro sinais da eternidade que o meu coração
deseja e em nenhum outro posso edificar a minha vida com segurança.
Compromisso
Recordo o meu batismo
e renovo a profissão de fé que fiz nesse dia.
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EVANGELHO: LC 6, 12-19
Naqueles dias, Jesus
subiu ao monte para rezar e passou a noite em oração a Deus. Quando amanheceu,
chamou os discípulos e escolheu doze entre eles, a quem deu o nome de
apóstolos: Simão, a quem deu também o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e
João; Filipe e Bartolomeu, Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão,
chamado o Zelota; Judas, irmão de Tiago, e Judas Iscariotes, que veio a ser o
traidor. Depois desceu com eles do monte e deteve-Se num sítio plano, com
numerosos discípulos e uma grande multidão de pessoas de toda a Judeia, de
Jerusalém e do litoral de Tiro e de Sidónia. Tinham vindo para ouvir Jesus e
serem curados das suas doenças. Os que eram atormentados por espíritos impuros
também ficavam curados. Toda a multidão procurava tocar Jesus, porque saía
d’Ele uma força que a todos sarava.
Compreender a Palavra
Lucas narra um
momento importante para a implantação do Reino de Deus. Depois de uma noite em
oração no cimo do monte Jesus chama os discípulos e escolhe doze de entre eles
para serem “apóstolos”. A lista dos escolhidos começa com Pedro e termina com
Judas, o traidor. Após esta escolha, todos descem do monte e se misturam com a
multidão dos que vieram para ouvir Jesus e serem por ele curados das suas
enfermidades.
Meditar a Palavra
Jesus convida-nos a
subir com ele ao monte para escutar a voz do Pai que fala aos nossos corações.
Com ele assumimos a responsabilidade de implantar o reino no mundo. O nosso
nome está sobre a mesa e Jesus pronuncia-o com a solenidade da missão que nos
confia. Com ele somos chamados a descer do monte para realizarmos a nossa
missão entre os homens carentes da palavra e necessitados de gestos
libertadores. A força de Jesus continua presente e comunica-se através das
nossas mãos.
Rezar a Palavra
A tua força, Senhor,
comunica-se àqueles que se aproximam de ti para te tocar. Deixa-me tocar-te,
Senhor. Dá-me a coragem humilde dos simples que acreditam poder encontrar uma
nova vida somente por te tocar. Que eu creia, Senhor, no poder da força que vem
de ti e na vida nova que nasce do encontro contigo e com a tua palavra.
Compromisso
O Senhor chama-me
pelo nome e eu preciso escutar o seu chamamento. Hoje quero ouvir o som da sua
voz pronunciando o meu nome e confiando-me a missão que me chama a realizar no
mundo e na Igreja.
Fonte: Aliturgia
Fonte: Aliturgia
Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares
Comunidade Santa Teresa de Jesus (Curitiba-PR)
Província Nossa Senhora do Carmo
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