SEXTA-FEIRA DA SEMANA XXI DO TEMPO COMUM
Ago 30, 2019
1 TES 4, 1-8
Irmãos: Eis o que vos
pedimos e recomendamos no Senhor Jesus: Recebestes de nós instruções sobre o
modo como deveis proceder para agradar a Deus e assim estais procedendo. Mas
continuai a progredir ainda mais, pois conheceis bem as normas que vos demos da
parte do Senhor Jesus. A vontade de Deus é que vos santifiqueis, que eviteis a imoralidade,
que saiba cada um de vós conservar o seu corpo em santidade e honra, sem se
deixar dominar pelas paixões, como os pagãos, que não conhecem a Deus. Ninguém
lese ou prejudique seu irmão nesta matéria, pois de tudo isto Se vinga o
Senhor, como já vos temos dito e assegurado. Porque Deus não nos chamou a viver
na impureza, mas na santidade. Portanto, quem rejeita estas instruções não
rejeita um homem mas o próprio Deus, que vos dá o Espírito Santo.
Compreender a Palavra
Paulo, ao anunciar o
evangelho aos tessalonicenses, deixou-lhes instruções importantes para
progredirem na santidade. Agora, recomenda-lhes que ponham em prática e
progridam no cumprimento desses normas que os tornarão aptos na resposta ao
chamamento que é feito por Deus. Neste texto as instruções recordam a
necessidade de manter a pureza do corpo, dominando as paixões, de modo a
agradar a Deus pela santidade de vida.
Meditar a Palavra
O domínio de si mesmo
pela consciencialização dos mandamentos do Senhor tanto no que se refere ao corpo
como ao espírito é necessário para empreender o caminho da santidade e
corresponder ao chamamento que Deus nos faz, de sermos santos como ele, o
Senhor, é Santo. Recebemos, desde a infância, as instruções suficientes para
podermos firmar-nos no caminho da pureza corporal e moral de modo a sermos
santos e irrepreensíveis diante de Deus e dos homens. A liberdade não pode ser
motivo para uma libertinagem que causa danos ao próprio e aos outros por não
ter em consideração o bem maior que é a pertença a Deus e a responsabilidade
para com o próximo. O domínio de si mesmo não tem como objetivo impedir a
felicidade pela repressão das paixões mas a orientação da força que as paixões
pressupõem para construir o bem pessoal e social pela santidade de vida.
Rezar a Palavra
Concede-me, Senhor, o
discernimento que me habilita no caminho da santidade para que em nada
prejudique os meus irmãos mas em tudo seja oportunidade de louvor e ação de
graças.
Compromisso
Vou cuidar as minhas
palavras e as minhas ações para edificar na fé os que vivem à minha volta.
EVANGELHO: MT 25, 1-13
Naquele tempo, disse
Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola: «O reino dos Céus pode
comparar-se a dez virgens, que, tomando as suas lâmpadas, foram ao encontro do
esposo. Cinco eram insensatas e cinco eram prudentes. As insensatas, ao tomarem
as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo, enquanto as prudentes, com as
lâmpadas, levaram azeite nas almotolias. Como o esposo se demorava, começaram
todas a dormitar e adormeceram. No meio da noite ouviu-se um brado: ‘Aí vem o
esposo; ide ao seu encontro’. Então, as virgens levantaram-se todas e começaram
a preparar as lâmpadas. As insensatas disseram às prudentes: ‘Dai-nos do vosso
azeite, que as nossas lâmpadas estão a apagar-se’. Mas as prudentes
responderam: ‘Talvez não chegue para nós e para vós. Ide antes comprá-lo aos
vendedores’. Mas, enquanto foram comprá-lo, chegou o esposo: as que estavam
preparadas entraram com ele para o banquete nupcial; e a porta fechou-se. Mais
tarde, chegaram também as outras virgens e disseram: ‘Senhor, senhor, abre-nos
a porta’. Mas ele respondeu: ‘Em verdade vos digo: Não vos conheço’. Portanto,
vigiai, porque não sabeis o dia nem a hora».
Compreender a Palavra
No Evangelho de
Mateus, Jesus insiste nesta ideia da vigilância perante a incerteza da chegada
do esposo. Esta parábola é muito significativa porque oferece os ingredientes
para a reflexão sobre a vigilância. As dez virgens encontram-se em pé de
igualdade. Todas foram convocadas para esperar o esposo. Todas tiveram
oportunidade para preparar as lâmpadas e sabiam que podiam fazer falta se o
esposo se atrasasse. Todas experimentaram o cansaço e todas ouviram o mesmo
grito de alerta: “Aí vem o esposo”. Na hora da verdade revelou-se uma grande
diferença entre as virgens: cinco eram prudentes e cinco eram insensatas. A
diferença manifestou-se no facto de cinco destas virgens, apesar de saberem
tudo e terem condições para se prepararem bem, não o quiseram fazer. Pegaram
nas lâmpadas e nas almotolias mas não cuidaram de trazer o azeite necessário.
Este pequeno pormenor, foi o suficiente para que não entrassem no banquete
porque não foram reconhecidas pelo esposo.
Meditar a Palavra
“Aí vem o esposo”.
Este grito de alerta soa no limite de todas as possibilidades de preparar a
chegada do esposo. Até que se ouve o grito de anúncio, há tempo para preparar
as lâmpadas e encher as almotolias. A minha vida é essa lâmpada e essa
almotolia que não pode estar às escuras. Não pode haver sombras em mim porque
sou um vigilante que espera o esposo. Tudo em mim tem que ser luz que mostra o
meu verdadeiro rosto àquele que faz entrar no banquete nupcial. Preciso cuidar
muito da minha vida para que ela seja lugar onde Deus me conhece e deseja
encontrar-se comigo.
Rezar a Palavra
“Não te conheço”. São
duras as tuas palavras, Senhor. Pelas minhas opções posso transformar-me em
alguém tão desfigurado que nem tu me conheces. Ensina-me a cuidar da minha vida
para que possa restaurar em mim a imagem divina à semelhança da qual fui criado
e concede-me o dom da prudência para que não me perca pelos caminhos da
insensatez que me impedem de estar contigo para sempre.
Compromisso
Quero deixar-me
iluminar por Jesus para orientar os meus passos pelo caminho da eternidade.
Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares
Comunidade Santa Teresa de Jesus (Curitiba-PR)
Província Nossa Senhora do Carmo
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Santa Teresa de Jesus
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