sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Momento com Deus - Lectio Divina - 02/08/2019


SEXTA-FEIRA DA SEMANA XVII DO TEMPO COMUM

 

O Senhor falou a Moisés, dizendo: «São estas as solenidades do Senhor, as assembleias sagradas, para as quais, no tempo devido, convocareis os filhos de Israel: No dia catorze do primeiro mês, ao entardecer, é a Páscoa do Senhor; e no dia quinze desse mês, é a Festa dos Pães Ázimos em honra do Senhor. Durante sete dias comereis pães ázimos. No primeiro dia reunireis uma assembleia sagrada: não fareis qualquer trabalho servil. Durante sete dias apresentareis ao Senhor oferendas passadas pelo fogo. No sétimo dia reunireis uma assembleia sagrada: Não fareis qualquer trabalho servil». O Senhor falou ainda a Moisés, dizendo: «Fala aos filhos de Israel e diz-lhes: ‘Quando tiverdes entrado na terra que vos darei e aí ceifardes as searas, levareis ao sacerdote um molho de espigas, como primícias da vossa colheita. O sacerdote oferecê-lo-á ao Senhor com o gesto da apresentação, para que Ele vos seja favorável. Esta apresentação será feita no dia a seguir ao sábado. A partir do dia a seguir ao sábado, em que tiverdes trazido o molho de espigas para a apresentação, contareis sete semanas completas. Até ao dia a seguir ao sétimo sábado, contareis cinquenta dias e apresentareis ao Senhor uma oferenda da nova colheita. No dia dez do sétimo mês, é o dia das Expiações. Reunireis uma assembleia sagrada: fareis penitência e apresentareis ao Senhor oferendas passadas pelo fogo. A partir do dia quinze deste sétimo mês, durante sete dias, é a Festa das Tendas em honra do Senhor. No primeiro dia reunireis uma assembleia sagrada: não fareis qualquer trabalho servil. Durante sete dias, apresentareis ao Senhor oferendas passadas pelo fogo. No oitavo dia reunireis uma assembleia sagrada: apresentareis ao Senhor oferendas passadas pelo fogo. É o dia da última assembleia: não fareis qualquer trabalho servil. São estas as solenidades do Senhor, nas quais reunireis assembleias sagradas, para oferecer ao Senhor oferendas passadas pelo fogo, holocaustos, oblações, sacrifícios e libações, segundo o ritual próprio de cada dia’ ».
Compreender a Palavra
Depois do Êxodo que levou Israel do Egito pelo deserto em direção à terra da promessa, quando já se aproxima a chegada ao seu destino, o povo, vai-se organizando de acordo com as indicações de Deus. A vida deste povo é uma vida para Deus. Por isso, o livro do Levítico, apresenta as indicações dadas por Deus a Moisés sobre a celebração das festas anuais. O povo deve reunir-se em assembleia sagrada e cumprir determinados preceitos, como abstinência do trabalho e apresentação das oferendas passadas pelo fogo. A primeira e mais importante festa é a da Páscoa e dos Ázimos. Nela se celebra a saída do Egito e libertação da escravidão. Depois vem a festa das colheitas ou Pentecostes na qual celebram a chegada à terra prometida e as primeiras colheitas realizadas naquela terra. Estas festas realizam-se na primavera e no início do verão. Depois, já no outono celebram a festa da Expiação que será o tempo da penitência e do perdão. Finalmente a Festa das Tendas para recordar o tempo em que atravessando o deserto viveram em tendas.

Meditar a Palavra
As festas judaicas têm um profundo sentido religioso como se espera, mas também uma profunda raiz existencial. A presença de Deus marca a história de Israel e essa marca permanece pelo tempo fora. O Egito foi um tempo de dor e sofrimento mas pela mão de Deus transformou-se em alegria e festa. A Páscoa evoca esse sofrimento e essa alegria. O Senhor é o libertador do homem. O Pentecostes revela a generosidade de Deus que dá de comer ao seu povo fazendo que a terra produza os bens de que necessita. Deus é o pai providente. A Expiação manifesta a misericórdia de Deus para com os homens pecadores. Deus de misericórdia e de perdão. E a Festa das tendas revela a fragilidade do homem sem Deus. O homem habita numa tenda frágil e caminha num deserto sem fim, a sua proteção está no olhar do Senhor que lá dos céus se inclina sobre o coração humano para o guardar nas mãos do amor e no perdão. Somos chamados a fazer esta experiência e marcar a nossa vida com esta presença.

Rezar a Palavra
Atento ao meu clamor, preocupado com a minha sorte, Senhor, não te deixas vencer pelo meu pecado nem desiludir pela minha fragilidade. Só um Deus como tu se preocuparia comigo e estaria atento à minha miséria. Sinto-te próximo e amigo. Sinto-te atento e cuidador. Em ti me reconheço homem e em ti renovo a minha vida no início de cada dia. 

Compromisso
Experimento, hoje, o olhar protetor de Deus sobre a minha vida.

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EVANGELHO: MT 13, 54-58

Naquele tempo, Jesus foi à sua terra e começou a ensinar os que estavam na sinagoga, de tal modo que ficavam admirados e diziam: «De onde Lhe vem esta sabedoria e este poder de fazer milagres? Não é Ele o filho do carpinteiro? A sua Mãe não se chama Maria e os seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? E as suas irmãs não vivem entre nós? De onde Lhe vem tudo isto? ». E estavam escandalizados com Ele. Mas Jesus disse-lhes: «Um profeta só é desprezado na sua terra e em sua casa». E por causa da falta de fé daquela gente, Jesus não fez ali muitos milagres.
Compreender a Palavra
O relato evangélico narra um acontecimento simples da vida. Podia passar-se com qualquer um de nós e em qualquer lugar do mundo. Jesus vai à sinagoga da sua terra e começa a ensinar. Aqueles que o escutam ficam surpreendidos com as suas palavras de sabedoria e com os milagres que realiza. Tudo parece bem encaminhado até ao momento em que esbarram com a condição humana. Jesus é filho do carpinteiro e a sua família vive toda ali, é gente conhecida. Os ouvintes de Jesus não conseguem ultrapassar esta dificuldade, não chegam a entender o que está por detrás das aparências e revelam a sua situação mais profunda, não têm fé e, por isso, rejeitam Jesus. Ficam privados dos dons de Deus que só podem ser recebidos na fé.

Meditar a palavra
O que os meus olhos vêem e os meus ouvidos ouvem tem que ser passado pela luz da fé. Também eu, como os habitantes de Nazaré, posso ficar impedido de receber os dons de Deus se não quiser penetrar no sentido profundo das suas manifestações na minha vida. Ele revela-se de muitas maneiras e através de muitos acontecimentos e pessoas. Aceito facilmente as palavras e os sinais que vêm através de estranhos e é tão difícil reconhecer a mesma verdade naqueles que comem comigo à mesa. Jesus não me pede fé nas pessoas mas nele que se revela através das situações e das pessoas mais estranhas. Se estiver atento vou reconhecê-lo e poderei participar nos seus dons libertadores.

Rezar a Palavra
Assalta-me tantas vezes a desconfiança, Senhor. A medida dos meus olhos e do meu coração é do tamanho da minha mesquinhez e da minha insensibilidade. Sou demasiado míope para poder reconhecer que te manifestas a mim em circunstâncias e através de pessoas que me parecem impensáveis, por isso me fecho em mim e recuso. Ensina-me, Senhor, a grandeza de coração que me faz ver, na profundidade dos sinais, a tua presença salvadora. Faz-me entender a tua presença no mundo e em mim para que participe dos teus dons divinos.

Compromisso
Quero libertar o meu coração para poder perceber a presença de Deus nas pequenas coisas deste dia.


Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares
Comunidade Santa Teresa de Jesus (Curitiba-PR)
Província Nossa Senhora do Carmo
Blogspot: Comunidade Santa Teresa de Jesus

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