Quarta-feira, 3 de julho de 2019
João 20,24-29 - Tempo Comum
João 20,24-29 - Tempo Comum
1) Oração inicial
Pai de bondade, que pela graça da adoção nos fizeste filhos da luz; concede-nos a graça de viver longe das trevas do erro e permanecer sempre no esplendor da Verdade. Por nosso Senhor.
Do Evangelho de acordo com são
João 20,24-29
20Dito isso, mostrou-lhes
as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se ao ver o Senhor. 21Disse-lhes outra vez: A
paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós. 22Depois dessas palavras,
soprou sobre eles dizendo-lhes: Recebei o Espírito Santo. 23Àqueles a quem
perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes,
ser-lhes-ão retidos. 24Tomé, um dos Doze,
chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. 25Os outros discípulos
disseram-lhe: Vimos o Senhor. Mas ele replicou-lhes: Se não vir nas suas mãos o
sinal dos pregos, e não puser o meu dedo no lugar dos pregos, e não introduzir
a minha mão no seu lado, não acreditarei! 26Oito dias depois,
estavam os seus discípulos outra vez no mesmo lugar e Tomé com eles. Estando
trancadas as portas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse: A paz esteja
convosco!27Depois disse a Tomé:
Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não
sejas incrédulo, mas homem de fé. 28Respondeu-lhe Tomé: Meu
Senhor e meu Deus! 29Disse-lhe Jesus:
Creste, porque me viste. Felizes aqueles que creem sem ter visto!
3) Reflexão
Hoje, na festa de São Tomé, o
evangelho nos apresenta o encontro de Jesus ressuscitado com o apóstolo Tomé,
que queria ver para poder acreditar. É por isso que muitos o chamam de Tomé, o
descrente. Na verdade, a mensagem deste evangelho é bem diferente. É muito mais
profundo e atual.
• João 20,26-27: não seja descrente, mas sim, crente. O texto diz
"seis dias depois". Isto significa que Tomé foi capaz de segurar a
sua opinião durante uma inteira semana, contra o testemunho dos outros
apóstolos. Quanta teimosia! Graças a Deus, para nós! E assim, seis dias depois,
durante a reunião da comunidade, eles tiveram de novo uma profunda experiência
da presença de Jesus ressuscitado no meio deles. As portas fechadas não puderam
impedir que ele estivesse no meio daqueles que acreditavam nele. Hoje acontece
a mesma coisa. Quando estamos reunidos, mesmo que tenhamos as portas fechadas,
Jesus está no meio de nós. E até hoje, a primeira palavra de Jesus, é e será
sempre: " a paz esteja com vocês!" o que chama a atenção é a bondade
de Jesus. Não critica, nem julga a descrença de Tomé, mas aceita o desafio e
diz: " Tomé, vem, põe o teu dedo nas minhas feridas!". Jesus confirma
a convicção de Tomé e das comunidades, a saber: o ressuscitado glorioso é O
crucificado torturado! O Jesus que está na comunidade, não é um Jesus glorioso
que não tem nada em comum com a nossa vida de pessoas normais. É o mesmo Jesus
que viveu nesta terra e que tem no corpo os sinais da sua paixão. Os sinais de
sua paixão estão hoje no sofrimento das pessoas, na fome, nos sinais de
tortura, de injustiça. E nas pessoas que reagem que, lutam pela vida e não se
deixam abater, Jesus ressuscita e se faz presente no meio de nós. E Tomé
acredita neste Cristo, e nós também!
• João 20,28-29: felizes os que não viram e creram. Com Ele dizemos:
" Senhor meu e meu Deus!". Esta entrega de Tomé é a atitude ideal da
fé. E Jesus completa com a mensagem final: " você acreditou porque você já
viu. Bem-aventurados os que não viram e acreditaram " com esta frase,
Jesus declara felizes todos os que estamos nesta condição: sem ter visto,
acreditamos que o Jesus que está no meio de nós, é o mesmo Jesus que morreu
crucificado!
O envio: "como o pai me
enviou, eu também vos envio!" deste Jesus, crucificado e ressuscitado,
recebemos a missão, a mesma que ele recebeu do seu pai (Jo 20,21). Aqui, na
segunda aparição, Jesus repete: " a paz seja com vocês". Este replay
acentua a importância da paz. Construir a paz faz parte da missão. Paz,
significa muito mais do que a ausência de guerra. Significa construir um
convívio humano harmonioso, em que as pessoas possam ser elas mesmas, tendo
todas o necessário para viver, convivendo felizes e em paz. Foi esta a missão
de Jesus, e é também a nossa missão. Jesus sofreu e disse: “recebei-nos ao Espírito
Santo" (Jo 20,22). Somente com a ajuda do Espírito de Jesus, seremos
capazes de realizar a missão que o nos deu. Em seguida Jesus comunicou o poder
de perdoar os pecados: "a quem perdoardes os pecados, lhes serão perdoados;
aos que se retenha, lhes ficam retidos." o ponto central da missão de paz
está na reconciliação, na tentativa de superar as barreiras que nos separam.
Este poder de reconciliar e de perdoar é dado à comunidade (Jo 20,23; MT
18,18). No Evangelho de Mateus é dado também a Pedro (MT 16,19). Aqui se
percebe que uma comunidade sem perdão nem reconciliação não é uma comunidade
cristã. Dito com uma palavra, a nossa missão é criar comunidade a exemplo da
comunidade do pai, do filho e do Espírito Santo.
4) Para a reflexão pessoal
• Na sociedade de hoje, as
divergências e tensões de raça, classe econômica, religião, gênero e cultura
são enormes e crescem a cada dia. Como realizar hoje a missão de reconciliação?
• Na sua família e na sua comunidade, há algum
grão de mostarda que aponta para uma sociedade reconciliada?
5) Oração final
Louvai ao Senhor todas as nações,
Louvai-o todos os povos,
Porque sem limites é a sua misericórdia para conosco,
E eterna a fidelidade do Senhor. (Sal. 117)
Fonte: Carmelitas Bolívia
Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares
Comunidade Santa Teresa de Jesus (Curitiba-PR)
Província Nossa Senhora do Carmo
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Santa Teresa de Jesus
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