São JOAQUIM E SANTA ANA
NOTA HISTÓRICA
Joaquim e Ana, foram os nomes dos pais da Imaculada Virgem Mãe de
Deus, conservados pela antiga tradição cristã, que remonta ao séc. II. O culto
de Santa Ana existia no Oriente já no séc. VI e estendeu-se ao Ocidente no séc.
X. Mais recentemente foi introduzido o culto de São Joaquim.
LEITURA DO LIVRO DE BEN-SIRÁ
Celebremos os louvores dos homens ilustres, dos nossos
antepassados através das gerações. Foram homens virtuosos e as suas
obras não foram esquecidas. Na sua descendência permanece a excelente
herança que deles nasceu. Os seus filhos são fiéis à aliança e,
graças a eles, também os filhos dos seus filhos. A sua descendência
permanece para sempre e jamais se apagará a sua memória. Os seus
corpos repousam em paz e o seu nome vive através das gerações. Os
povos proclamam a sua sabedoria e a assembleia canta os seus
louvores.
Compreender a Palavra
Ben-Sirá faz o elogio dos antepassados. Aqueles que viveram antes
de nós deixaram marcas profundas que continuam a sustentar a vida do povo, da
família e de cada um individualmente. Transmitiram valores, critérios de
escolha, modos de avaliar, perspetivas de segurança para novos projetos. A eles
devemos o que somos e temos. Deles recebemos a fé e as obras da fé com que se
constrói cada tempo. Eles não serão esquecidos porque foram homens virtuosos,
do mesmo modo que, seguindo o seu exemplo, também nós seremos recordados pelos
nossos descendentes.
Meditar
a Palavra
Ao celebrar aos pais de Nossa Senhora e avós de Jesus recordamos
todos aqueles que antes de nós construíram o mundo no qual nós próprios
habitamos. Eles deixaram-nos uma herança que não podemos nem devemos
desperdiçar. Tendo vivido em outros tempos eles continuam a ser faróis que
indicam o caminho a quantos estão atentos aos seus ensinamentos transmitidos de
geração em geração. Uma das grandes riquezas que nos deixaram é a fé. “Os seus
filhos são fiéis à aliança e, graças a eles, também os filhos dos seus
filhos”. Eles perceberam que no cumprimento da aliança com Deus está a garantia
da felicidade. Percebendo a riqueza da fé na vida de cada pessoa, somos
chamados a ser fiéis àqueles que amando transmitindo-lhes essa riqueza que só
no afeto é possível comunicar.
Rezar
a Palavra
A minha fé, Senhor, será estéril se não a comunicar aos outros. A quem poderei eu transmiti-la senão àqueles que me confiaste mais de perto, os filhos, os netos, os irmãos. Que riqueza posso eu transmitir se o ouro e a prata podem ser roubados? Que outros bens posso eu deixar aos outros se a traça pode roer e a ferrugem destruir? Só a fé pode permanecer como tesouro de vida eterna.
A minha fé, Senhor, será estéril se não a comunicar aos outros. A quem poderei eu transmiti-la senão àqueles que me confiaste mais de perto, os filhos, os netos, os irmãos. Que riqueza posso eu transmitir se o ouro e a prata podem ser roubados? Que outros bens posso eu deixar aos outros se a traça pode roer e a ferrugem destruir? Só a fé pode permanecer como tesouro de vida eterna.
Compromisso
Quero construir um “tesouro” para deixar de herança aos meus filhos e aos meus netos.
Quero construir um “tesouro” para deixar de herança aos meus filhos e aos meus netos.
EVANGELHO MT 13, 16-17
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Felizes
os vossos olhos porque veem e os vossos ouvidos porque ouvem! Em
verdade vos digo: muitos profetas e justos desejaram ver o que vós vedes e
não viram e ouvir o que vós ouvis e não ouviram».
Compreender
a Palavra
Jesus responde aos apóstolos sobre o porquê do uso de parábolas
para falar às multidões. O texto evangélico desta memória de S. Joaquim e Santa
Ana, os pais de Nossa Senhora e avós de Jesus, recorda-nos que há para todos a
possibilidade de ser felizes se, abrindo o coração, quiserem entender o
mistério escondido aos nossos olhos mas revelado por Jesus com palavras e
gestos e sobretudo com a sua vida. As parábolas servem para que se entenda
melhor o mistério que não se consegue dizer com palavras nem se consegue ver
com os olhos, mas se alcança pela fé. Muitos ouvem e veem mas não entendem nem
compreendem porque são duros de coração. O discípulo, abre o coração e entendem
e compreende pela fé o mistério que de outra forma não se consegue
compreender.
Meditar a Palavra
Envelhecer, como S. Joaquim e Santa Ana não é apenas um processo biológico.
Envelhecer não significa perder faculdades físicas e intelectuais. Pelo
contrário, trata-se de um processo através do qual vamos penetrando no mistério
de Deus e do homem cada vez mais profundamente. Saber envelhecer significa
saber desprender-se do que é transitório e fixar-se no que é essencial. Ora o
essencial é invisível aos olhos mas não ao coração e menos ainda à fé. Jesus
convida-nos a deixar cair tudo que impede ver e ouvir para penetrar no mistério
de Deus. Como S. Joaquim e Santa Ana podemos chegar a conhecer este mistério de
Deus, distribuindo afetos e vivendo na simplicidade das nossas
responsabilidades quotidianas sendo filhos, sendo pais, sendo avós, sendo
netos.
Rezar
a Palavra
Senhor, no afeto dos abraços e beijos dos meus avós reconheço o
teu amor por mim. Quero agradecer-te por tanto carinho, tanto amor, tanta
atenção com que rodeaste a minha vida através dos meus avós. Que essa seja para
mim a minha verdadeira herança e nela reconheça que sou amado por ti tanto
quanto por eles.
Compromisso
Vou visitar os meus avós ou pelo menos rezar por eles.
Vou visitar os meus avós ou pelo menos rezar por eles.
Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares
Comunidade Santa Teresa de Jesus (Curitiba-PR)
Província Nossa Senhora do Carmo
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