quinta-feira, 22 de agosto de 2019

Momento com Deus - Lectio Divina - 22/08/19


VIRGEM SANTA MARIA, RAINHA
Ago 22, 2019 

LEITURA I IS 9, 1-6
O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; para aqueles que habitavam nas sombras da morte uma luz começou a brilhar. Multiplicastes a sua alegria, aumentastes o seu contentamento. Rejubilam na vossa presença, como os que se alegram no tempo da colheita, como exultam os que repartem despojos. Vós quebrastes, como no dia de Madiã, o jugo que pesava sobre o povo, o madeiro que ele tinha sobre os ombros e o bastão do opressor. Todo o calçado ruidoso da guerra e toda a veste manchada de sangue serão lançados ao fogo e tornar-se-ão pasto das chamas. Porque um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado. Tem o poder sobre os ombros e será chamado «Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da paz». O seu poder será engrandecido numa paz sem fim, sobre o trono de David e sobre o seu reino, para o estabelecer e consolidar por meio do direito e da justiça, agora e para sempre. Assim o fará o Senhor do Universo.

Compreender a Palavra
Ao celebrar a Memória da Virgem Santa Maria, Rainha, o texto de Isaías que faz parte da liturgia do Natal, recorda o mistério da salvação anunciado pelos profetas no Antigo Testamento. O tempo vai mudar a favor do povo de Deus. Agora experimentam o peso de um fardo pesado imposto pelo opressor. Vive-se tempo de guerra e sangue derramado. Mas vai surgir um tempo de alegria e júbilo. Vai nascer um novo dia que vence as trevas e faz rejubilar o povo do Senhor. Um menino vai nascer, um filho, um príncipe. Ele vai estabelecer a justiça e a paz para sempre.

Meditar a Palavra
Maria é a mãe deste menino que nos é dado. Ele é o príncipe que traz a libertação do seu povo e ela a Rainha que dá à luz o Filho do Pai Eterno. Olhar para Maria e chamá-la de Rainha é reconhecer o seu papel na obra de salvação de Deus realizado em Jesus. Chamá-la de Rainha é reconhecer o seu papel na vida de Jesus. Este dia pede a nossa atenção para a ternura de Deus que vê e escuta o clamor do seu povo oprimido, cansado, abatido, e lhe oferece no colo materno de Maria o lugar de abrigo e proteção. Maria é a Rainha das nossas dores, das nossas lágrimas, das nossas insatisfações. No seu coração encontramos a ternura de Deus e consolação do seu Filho Jesus.

Rezar a Palavra
Nas minhas trevas brilha uma luz. Essa luz é Jesus que brotou do teu seio, ó Mãe, Rainha do meu coração ferido, Senhora do meu coração magoado. Em ti, Senhora e Rainha, contemplo o mistério do menino que salva, do Filho de Deus eterno que vem trazer a justiça e a paz. Que no meu coração, ó Mãe, Rainha, contemple sempre o teu olhar materno e renove no teu o meu sim incondicional.

Compromisso
Contemplo o rosto materno de Maria enquanto digo “Ave Maria”

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EVANGELHO LC 1, 26-38
Naquele tempo, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma Virgem desposada com um homem chamado José, que era descendente de David. O nome da Virgem era Maria. Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo: «Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo». Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela. Disse-lhe o Anjo: «Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo. O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David; reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim». Maria disse ao Anjo: «Como será isto, se eu não conheço homem? ». O Anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus. E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril; porque a Deus nada é impossível». Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra».

Compreender a Palavra
Lucas oferece a descrição teológica do nascimento de Jesus. Situa-nos no tempo e no lugar. O tempo é de espera que a promessa e o lugar a casa de uma jovem desposada com José na cidade de Nazaré da Galileia. O diálogo é a proposta de um Deus que quer nascer do sim de uma mulher não tocada pelo pecado. O desafio é a entrega incondicional a um projeto que só um coração puro consegue acolher. O mistério é um menino a quem deve ser posto o nome de Jesus, “Deus salva” que sendo filho de mulher, é em primeiro lugar filho de Deus. A resposta só tem a segurança, a da fé. Acreditar nas palavras do anjo e esperar que se cumpram. Outros acreditaram, ela, a jovem, também acredita e pode já contemplar o início da promessa na sua prima Isabel que espera o precursor.

Meditar a Palavra
Maria é a Rainha experimentada na fé pelo desafio de acreditar que se pode cumprir a palavra do Senhor. O que aos olhos dos homens é impossível, aos seus olhos de jovem, de mulher, de crente, pode ser possível porque para Deus nada é impossível. Maria, Rainha, convida-me a acreditar com a mesma liberdade. Ela mostra-me o caminho simples da fé, que consiste em deixar o coração voar ao sabor das palavras do anjo e repetir continuamente “faça-se em mim”.

Rezar a Palavra
“Faça-se em mim”. Quero dizer com o coração as tuas palavras. Sinto que é fácil crer, fácil ainda esperar, fácil sentir que se vão cumprir as promessas do Senhor. O difícil é compreender que se vão realizar em mim. Precisamente em mim que nada sou, nada tenho, nada mereço. Quero contigo, minha Rainha e mãe, aprender a deixar acontecer em mim o que ouvi da boca do Senhor.

Compromisso
Ainda que me falte a fé quero dizer sem cessar: “Faça-se em mim”.

Fonte: Pastoral Litúrgica




Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares
Comunidade Santa Teresa de Jesus (Curitiba-PR)
Província Nossa Senhora do Carmo

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